O assunto já deixou de
ser tabu há algumas décadas, mesmo assim as lendas sexuais não deixam de
circular por aí. Os descendentes de negros têm pênis maiores ou os orientais
menores, sexo anal causa hemorroida e a masturbação deixa a mão peluda são só
alguns dos exemplos de mitos, considerados verdade por muita gente.
Quem fazia piadas de estímulos sexuais com amendoim, ostra ou ovos de codorna, terá que enriquecer o repertório, pois relacionar os alimentos com o apetite na cama não passa de um mito. O Terra entrevistou especialistas no assunto para esclarecer o que é boato e o que vale a pena saber quando o assunto é sexo.
Quem fazia piadas de estímulos sexuais com amendoim, ostra ou ovos de codorna, terá que enriquecer o repertório, pois relacionar os alimentos com o apetite na cama não passa de um mito. O Terra entrevistou especialistas no assunto para esclarecer o que é boato e o que vale a pena saber quando o assunto é sexo.
Em um total de 30 mitos
e verdades, o blog fará uma série de cinco postagens.
1.
Tamanho é documento
Depende: De acordo com os
especialistas entrevistados pelo Terra, se o órgão
sexual é muito pequeno ou muito grande, faz diferença. Segundo o diretor do
Hospital CECMI, o urologista Arnaldo Cividanes, o tamanho médio do pênis do
brasileiro é de 12 cm em estado flácido e de 15 cm a 20 cm ereto. “Muito abaixo
de 15 cm pode gerar menos satisfação e muito acima dos 20 cm pode gerar
desconforto”, comparou.
O ginecologista e sexólogo, chefe do setor de medicina sexual do hospital Mater Dei, Gerson Lopes, ressaltou que a relação sexual não se limita apenas ao encontro dos genitais e que a vagina tem capacidade de se adaptar ao tamanho do pênis.
O ginecologista e sexólogo, chefe do setor de medicina sexual do hospital Mater Dei, Gerson Lopes, ressaltou que a relação sexual não se limita apenas ao encontro dos genitais e que a vagina tem capacidade de se adaptar ao tamanho do pênis.
2.
Dá para se chegar ao orgasmo com sexo anal
Verdade: “Em
geral é difícil, porém em 30 anos de atendimento em sexologia, já ouvi relato
de três mulheres que conseguiam orgasmo apenas pelo sexo anal e não pelo
vaginal”, contou Lopes. De acordo com a coordenadora do programa de sexualidade
na USP, Carmita Abdo, “algumas mulheres conseguem ter prazer orgástico com sexo
anal, mas é mais comum com estimulação do clitóris”. “A maioria das mulheres
que tem satisfação anal estão se masturbando também, estimulando o clitóris,
ela ou o parceiro. Algumas podem ter orgasmo com o sexo anal apenas pelo
movimento gerado na hora do ato”, complementou o ginecologista Eliano Pellini.
3.
Engolir esperma faz mal
Mito: O
esperma é um conteúdo alcalino (não ácido) e não tem perigo em ser engolido,
determinou Pellini. Assim como a mucosa da vagina, o estômago contém
substâncias ácidas que balanceiam o líquido alcalino, explicou. “O esperma é
formado de células, frutose e outras substâncias, portanto não haveria mal em
ingeri-lo”, acrescentou Lopes. O urologista Cividanes lembrou, porém, que a
ingestão pode fazer mal caso o parceiro esteja com alguma infecção genital.
4.
Ostras, amendoim e ovos de codorna aumentam a libido
Mito: Não
existe qualquer ligação entre a ingestão destes alimentos e o aumento do desejo
sexual, afirmaram os especialistas entrevistados pelo Terra. “São alimentos muito energéticos e calóricos,
que acabaram ficando associados ao aumento do apetite”, esclareceu Carmita.
Outra justificativa, segundo Pellini, é o formato destes alimentos, no caso da
ostra, por exemplo, que pode se assemelhar ao órgão sexual feminino. “Romã,
figo e maçã dão a sensação da genitália feminina, se cotadas ao meio”, disse o
ginecologista.
5.
Sexo na água diminui a chance de engravidar
Mito: “Se
o homem ejacular dentro da vagina, estar na água não evita gravidez”, disse
Cividanes. “A água não vai entrar na vagina e matar os espermatozoides”,
acrescentou. No entanto, caso o pênis saia da vagina no momento da ejaculação,
o esperma pode ficar diluído com a água
6.
Se masturbar demais pode deixar a mão peluda
Mito: “Coincidem
na puberdade o aparecimento de pelos com a prática maior da masturbação”, disse
o ginecologista e sexólogo Gerson Lopes, mas os dois acontecimentos não estão
relacionados. “É um mito muito antigo que não procede”, completou Carmita.
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